domingo, 7 de novembro de 2010

O Inconsciente Coletivo e Suas Projeções

Marcos Spagnuolo Souza
Esse artigo é o resumo do capítulo denominado “O Arquétipo Com Referência Especial ao conteúdo de Anima” do livro “Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo” de JUNG, Carl Gustav.
O inconsciente coletivo deve ser considerado como uma realidade autônoma de caráter enigmático, possuindo uma essência diferente dos processos físico-químicos, escapando aos caprichos e manipulações da consciência. Do inconsciente coletivo emanam influências determinantes.
Um dos arquétipos do inconsciente coletivo é a anima e o animus, sendo representado pelos pares divinos (masculino-feminino), yang (masculino) e yin (feminino), o panteão politeísta da antiguidade. O animus e anima é apenas um dos possíveis pares de opostos existentes no inconsciente coletivo, mas na prática é um dos mais importantes e freqüentes.
Os arquétipos do inconsciente coletivo podem permanecer em estado de repouso, isto é, não projetado, não possui forma determinável, constituindo uma estrutura formalmente indefinida, mas com a possibilidade de manifestar-se em formas determinadas, através da projeção.
Um dos casos mais instrutivos de projeção do arquétipo do inconsciente é o do místico suíço Nicolau de Flue, cujas visões as divindades aparecem numa forma dual: ora como pai majestoso, ora como mãe majestosa. Fato semelhante ocorreu nas visões de Guillaume de Digulleville, pois, ele via Deus no mais alto dos céus sentado num trono radiante e redondo, como um Rei; a seu lado, a Rainha do céu está sentada num trono semelhante de cristal marrom.
Na projeção, a anima assume uma forma feminina, com determinadas características e o animus projeta em uma forma masculina. Quando a anima é projetada no homem ele fica excessivamente sensível, irritável, de humor instável, ciumento, vaidoso e desajustado. Ele vive num estado de mal-estar consigo mesmo e o irradia a toda volta. O homossexualismo se caracteriza por uma identificação do homem com a anima.

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